201 — Perfil de Álvaro Oliveira de Faria – SAS Institute

Jun 12, 2002 | Conteúdos Em Português

Álvaro Faria Com 56 anos e à frente da SAS desde 1994, altura em que a empresa norte-americana o convidou para constituir a filial portuguesa em Lisboa, Álvaro Oliveira de Faria é uma pessoa contente com a vida e bastante satisfeita com o percurso que fez.

Estou onde gostaria de estar, com os sucessos e retrocessos que tive, e muito feliz com a família que tenho, em particular com a minha mulher e com os meus filhos , afirma.

Nascido em Luanda, veio para Portugal ainda criança, afirmando, no entanto, ter saudades do cheiro da terra, do sol, das pessoas e do clima angolanos… Por essa altura, dizia que queria ser Engenheiro Electrotécnico, mesmo que não soubesse muito bem o que isso era, e só a psicologia o fazia hesitar.

Desde sempre interessado pela área das tecnologias, Álvaro Faria começou a sua carreira profissional pela arquitectura, como desenhador de construção civil, tendo obtido de seguida formação nas áreas de informática e das tecnologias de informação. Foi desde programador a analista, passando por chefe de projecto e pela área de sistemas, que considerava aliciante. Mais tarde integrou uma área comercial. Pensando que não seria capaz de vender nem uma agulha , conseguiu felizmente ter algum sucesso e, como director comercial da Promosoft, representou no nosso país grandes software houses americanas, entre elas o SAS.

Há oito anos à frente desta empresa, diz não se conseguir abstrair completamente dos problemas da empresa quando vai para casa. E o facto de a sua mulher trabalhar também na SAS é um factor agravante. Muitas vezes, quem acabava por se queixar eram os filhos, que facilmente viam os pais cair na tentação de levantarem questões relacionadas com a empresa quando estavam em casa. Álvaro Faria garante que essa situação mudou, mas vê sempre a empresa como uma extensão da família, já que participou activamente na sua criação no processo de selecção da equipa de trabalho original, que ainda hoje se mantém.

Afirma que a relação com as pessoas da empresa é muito boa e essencialmente descontraída: não gosto de autoritarismo e hierarquias pesadas, acho que são contra-producentes e provocam limitações nas pessoas. Gosto muito que toda a gente participe, não sei viver sem opiniões.

Nos tempos livres, Álvaro Faria gosta de ouvir música e de ler praticamente tudo (desde romances e revistas a livros de gestão). O seu anti-stressante preferido é um passeio à beira mar, já que actualmente não faz muito desporto.

Quanto às férias ideais, afirma não ser muito exigente: seriam 15 dias numa praia qualquer, desde que não tivesse muita gente, e, se possível, com a família por perto. Depois de muitos anos durante os quais apenas conseguia estar dois ou três dias longe da empresa, Álvaro Oliveira de Faria está agora a conseguir ter mais tempo para férias: a situação na empresa é mais descentralizada, confio bastante nas pessoas, elas sabem quais são as suas responsabilidades e isso já me vai libertando mais. No ano passado já consegui ter três semanas seguidas de férias e agora estou a caminho das quatro.

Laura Ramos
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Em Foco – Pessoa