2952 — «PT deve assumir a sua vocação sub global»

May 17, 2004 | Conteúdos Em Português

Ernâni Lopes, Chairman Grupo PTA estratégia de internacionalização e o modelo de governança do Grupo PT estiveram em discussão no último Jantar Debate da APDC, que convidou Ernâni Lopes a comentar o papel do Grupo na economia portuguesa. O chairman da Portugal Telecom destacou as «vantagens conceptuais, metodológicas e práticas» do modelo bipresidencial recentemente adoptado e sublinhou que a PT «deve assumir a sua vocação sub global».

Com um discurso subordinado ao tema “O Grupo PT e a economia portuguesa“, Ernâni Lopes começou por salientar importância dos Jantares Debate organizados pela APDC, que considera fóruns de discussão por excelência. Após esta pequena introdução, o orador convidado explicou que a sua intervenção se iria dividir em dois temas fundamentais: a relevância do Grupo PT na economia portuguesa e as características e os resultados do funcionamento do modelo bipresidencial de governança adoptado recentemente pelo Grupo PT.

Afirmou de seguida que, «o Grupo PT é, presentemente, um pequeno grupo na economia mundial e o de maior dimensão na economia portuguesa» pelo que deve assumir a sua vocação sub global, centrando a sua actividade internacional no âmago da vida do Grupo, encarando-a em toda a sua plenitude e não como um mero anexo institucional. Neste âmbito, deverá reforçar a sua óptica de internacionalização, podendo constituir-se como pólo de agregação para a externalização da economia portuguesa nos territórios onde estiver implantado.

Refira-se que o Grupo PT tem já uma forte implantação internacional, estando presente com maior ou menor incidência em todos os países de expressão portuguesa.

Salientou ainda que, dentro do vector europeu, a PT tem vindo a assumir-se como agente de modernização do tecido socio-económico nacional, contribuindo, assim, para o alinhamento com os níveis de desenvolvimento atingidos na União Europeia.

Em paralelo com a internacionalização, outro dos mais relevantes aspectos da estratégia do Grupo para o futuro, é a transição do sistema Uni-dimensional para Multi-dimensional. O modelo bipresidencial – Chairman e CEO –, de origem anglo-saxónica tem, segundo o professor Ernâni Lopes, vantagens conceptuais, metodológicas e práticas assentando num duplo mecanismo de separação de poderes e funções e na adopção de um “sistema implícito e permanente de checks & balances“.

De acordo com este responsável, serão as próprias empresas e accionistas que no futuro irão exigir a implementação deste modelo de governança, que está a ganhar cada vez mais difusão à escala mundial. «Não é possível, com bons resultados, manter um modelo de tipo tradicional, com a concentração do poder, das funções e das responsabilidades. A figura do “patrão” que comanda a empresa sozinho não constitui um bom critério para a selecção dos investimentos por parte do mercado de capitais», esclarece.

Em forma de conclusão, Ernâni Lopes, que já desempenhou funções como Ministro das Finanças no IX Governo Constitucional, rematou relembrando que no Grupo PT existe uma «visão estratégica para o futuro, com base numa posição sólida no presente, capaz de assegurar níveis elevados de segurança e rentabilidade para os accionistas e níveis elevados de satisfação para os nossos clientes».

2004-05-17

(fonte: APDC )

http://www.apdc.pt

Centro de Informação-ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Notícias – Indústria