3504 — Modernização no sector da saúde reduz custos operacionais

May 16, 2005 | Conteúdos Em Português

Capgemini«Os registos electrónicos de saúde, os sistemas de informação clínica e a organização dos médicos através de um sistema informático vão ter um impacto enorme na redução de erros médicos e na eliminação dos atrasos resultantes da circulação de registos em papel e da perda de informação», conclui um estudo recente elaborado pela Capgemini.

O relatório “Tecnologias de Informação de Serviços de Saúde e Registo Electrónico de Dados – Implicações para os Serviços de Saúde”, realizado pela Capgemini, identifica algumas das principais barreiras à modernização dos serviços de saúde na Europa, entre as quais se destacam as preocupações relativas à privacidade, financiamento e adopção de padrões no tratamento de dados. Reino Unido, Dinamarca, Suécia e Países Baixos estão no entanto a ser bem sucedidos na implementação de registos electrónicos de saúde.

«Os líderes dos serviços de saúde, quer ao nível dos hospitais, quer ao nível dos governos, começam agora a aperceber-se que a próxima fase na utilização de meios tecnológicos ao serviço da saúde vai focar-se mais na maximização da eficiência, segurança para o paciente e redução de erros médicos. Eles consideram ainda que os registos electrónicos de saúde (EHR), os sistemas de informação clínica e a organização dos médicos através de um sistema informático (CPOE), vão ter um impacto muito importante na redução de erros médicos e na eliminação dos atrasos resultantes da circulação de registos em papel e da perda de informação. Estes são os factores mais importantes que vão ter de ser contemplados pelas aplicações nas quais as organizações devem investir nos próximos dois anos» referiu Paul Hermelin, CEO da Capgemini, no Congresso Mundial de Serviços de Saúde em Chantilly, na França .

O relatório considera também a questão da adesão por parte dos médicos, reforçando a necessidade de uma maior compreensão e cooperação para levar a cabo alterações aos processos e colher os benefícios dos investimentos tecnológicos. Este documento enfatiza o papel central do registo electrónico de saúde (EHR) e dos sistemas de informação de saúde (HIS ) no incremento da segurança para o paciente, eliminando os erros médicos, estimulando a eficiência, reduzindo atrasos e permitindo uma prestação de cuidados de saúde pró-activa e personalizada.

Gerry Yantis, vice-presidente da Capgemini, comenta «constatámos que com a implementação de novas tecnologias e o redesenho dos processos clínicos em conjunto com o pessoal dos serviços de saúde, é possível reduzir as variações no tratamento de doenças, reduzir erros na administração da medicação e diminuir consideravelmente a carga de trabalho administrativo em 7 a 9% dos custos operacionais».

Apesar destes potenciais benefícios, o progresso na implementação do EHR e do HIS tem sido travado pelo facto de nenhum dos sistemas actualmente utilizados permitir uma real integração.

Gerry Yantis continua «os desafios que enfrentamos para implementar uma modernização baseada numa solução tecnológica são bem reais, e têm impedido o progresso que pacientes, políticos, e responsáveis por serviços de saúde gostariam de ver. Contudo, e após vários anos de discussão e planeamento, as várias frentes estão agora alinhadas para uma implementação de soluções integradas de EHR/HIS bem sucedida». O mesmo responsável acrescenta ainda ‘políticas públicas visionárias, recursos apropriados e forte liderança vão fazer do EHR um caso de sucesso tanto para os pacientes como para os médicos e gestores. Em última análise, a adopção massiva do EHR vai revolucionar por completo a prestação de cuidados de saúde’.

O relatório identifica sete fases pelas quais os hospitais e os governos devem passar para abordar a implementação do EHR e do HIS de uma forma pró-activa.

1. Iniciar um diálogo de comunidade sobre o EHR envolvendo médicos, líderes de hospitais, fornecedores de serviços de saúde sociais e comunitários, seguradoras e pacientes;
2. Desenvolver uma infra-estrutura tecnológica que suporte os processos do sistema de informação clínica avançado;
3. Envolver médicos e pessoal auxiliar no processo de preparação para os EHRs,
4. Redesenhar o workflow em parceria com médicos, enfermeiros e pessoal auxiliar;
5. Definir e estabelecer os níveis de serviço que devem ser cumpridos pelos sistemas de informação clínica;
6. Estimar os potenciais benefícios clínicos e financeiros que podem ser obtidos ao aumentar a segurança para o paciente e permitir uma gestão de serviços de saúde pró-activa;
7. Identificar os benefícios provenientes da melhoria no acesso dos pacientes a sistemas de marcações e registo.

2005-05-16

http://www.pt.capgemini.com

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