Os operadores do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) de Coimbra que se recusaram a assinar contratos de trabalho com o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), por alegada ilegalidade de algumas das cláusulas, chegaram recentemente a acordo com a entidade empregadora e assinaram os documentos. Em Lisboa a situação também já foi solucionada, avançou a Lusa.
Trinta e nove operadores do 112 de Coimbra assinaram esta noite os contratos de trabalho com o INEM, encerrando o conflito que os opunha há vários dias ao instituto, que está na dependência do Ministério da Saúde .
A adesão de 39 dos 40 trabalhadores do CODU foi comunicada pelo gabinete de informação do INEM, e foi confirmada por um dos contestatários. «Para não ficarmos sem emprego, não tivemos alternativa», declarou este trabalhador, mantendo o pedido para não ser identificado e frisando que os operadores reiteraram aos responsáveis do INEM , numa reunião realizada durante a tarde, a sua oposição a várias cláusulas do contrato de trabalho.
A mesma fonte disse que, ao longo do dia, «as pessoas foram cedendo», optando por aceitar o novo regime individual de trabalho proposto pelo INEM, apesar de discordarem de aspectos como o aumento da jornada semanal de trabalho de 35 para 40 horas.
Para além da maioria dos operadores que se recusaram a assinar os contratos durante cerca de 20 horas, participaram na reunião o coordenador do CODU, Américo Henriques, e o director nacional do Departamento de Emergência Médica do INEM, Nelson Pereira .
No CODU de Lisboa, no entanto, o diferendo demorou mais tempo a resolver-se, enquanto nos centros do Porto e Faro não chegou a verificar-se esta dimensão de contestação. A TSF noticiou entretanto que a situação também foi resolvida no centro de Lisboa, com os trabalhadores a conseguirem a eliminação das cláusulas que dizem ser ilegais. Os seus contratos de trabalho já terão sido assinados.
Fonte: Lusa
2005-11-04
Em Foco – Projecto