397 — Nokia apresenta resultados financeiros positivos no 2º trimestre

Jul 26, 2002 | Conteúdos Em Português

Volume de vendas da Nokia Mobile Phones aumenta 12%, registando cerca de 36 milhões de unidades. A marca prevê que o volume anual de mercado para 2002 se situe nos 400 milhões de unidades vendidas.logonokia

A Nokia, o maior fornecedor mundial de telefones móveis e líder de redes móveis e fixas e comunicação de dados sem fios, incluindo os serviços ao cliente, bem como o fornecimento de soluções e produtos para comunicação de dados sem fios, fixa ou móvel e terminais multimédia, acaba de anunciar os resultados financeiros do segundo trimestre de 2002.

Neste período as vendas líquidas diminuíram 6%, registando um valor de 6935 milhões de euros face aos 7346 milhões de euros registados no segundo trimestre de 2001. Os lucros de exploração pro forma aumentaram para 1260 milhões de euros (1137 milhões de euros em 2001) e a margem de exploração aumentou para 18,2% (15,5% no ano anterior). Por outro lado, os lucros de exploração declarados aumentaram para 1221 milhões de euros (856 milhões de euros em período homólogo) e a margem de exploração declarada aumentou para 17,6% (11,7%).

Os ajustamentos pro forma em amortização goodwill cifraram-se em 52 milhões de euros, tendo-se registado também um ajustamento positivo de 13 milhões de euros relacionado com a amortização Dolphin inicial, no terceiro trimestre de 2001. Os resultados pro forma por acção (diluídos) aumentaram para 0,19 euros (0,17 euros em 2001) e o lucro líquido declarado (IAS) aumentou para 862 milhões de euros (589 milhões de euros no ano anterior). Os lucros declarados por acção (diluídos) aumentaram para 0,18 euros (0,12 euros) e o cash flow de exploração aumentou para 1410 milhões (790 milhões de euros em 2001).

Jorma Ollila, Presidente e CEO da Nokia, referiu que: “devido ao nosso recorde consistente de execuções sólidas e rígido controlo de custos, conseguimos obter resultados bastante positivos no segundo trimestre. Os lucros de exploração pro forma, em especial, apresentaram um crescimento anual homólogo de 11%, dando origem a um cash flow bastante forte de 1,4 mil milhões de euros. No sector dos telefones móveis assistimos a um aumento do lucro de exploração pro forma na ordem dos 22%. Os meus agradecimentos vão para a equipa da Nokia, por ter conseguido atingir estes resultados num ambiente tão difícil.

Durante o trimestre, o bem sucedido portfolio de produtos Nokia permitiu aumentar a nossa quota no mercado dos telefones móveis, que registou um aumentou quer sequencialmente quer em variação anual homóloga para mais de 38%. Esperamos que a nossa quota de mercado em 2002 ultrapasse os 37% do ano anterior.

A comercialização do novo telefone Nokia 7650 com câmara e PDA, baseado em Symbian, teve início na Europa e na região Ásia-Pacífico, tendo sido dada prioridade aos mercados onde os operadores já lançaram os serviços MMS. A resposta inicial dos clientes e utilizadores em todos os segmentos tem sido extremamente positiva.

Ao entrarmos no segundo semestre assistimos a uma mudança clara e bem definida. Os produtos multimédia com visor a cores, ricos em conteúdos, que disponibilizam novos e atraentes serviços, encontram-se agora nas mãos dos utilizadores. Observamos também esta forte procura à medida que os consumidores e os clientes empresariais, motivados pelas novas possibilidades de comunicação, efectuam actualizações dos seus telefones, ou consideram a hipótese de adquirir mais do que um telefone.

A Nokia está a preparar-se para fazer o lançamento de um conjunto de novos produtos ainda este ano, incluindo um passo importante em Setembro com o lançamento do nosso primeiro telefone WCDMA/GSM dual mode e a nossa primeira rede 3G. Dependendo do planeamento dos operadores no que respeita às redes WCDMA, acreditamos que o sistema de negócios 3G já esteja suficientemente maduro para se poder iniciar a comercialização dos dispositivos móveis no início de 2003.

A interoperabilidade é um requisito para o sucesso dos serviços móveis avançados, a qual é apoiada pela nossa indústria através da Open Mobile Alliance (OMA). Nos últimos meses conseguimos bastantes progressos no sentido de assegurar que os serviços e tecnologias funcionem em conjunto para o consumidor em qualquer rede e terminal.

As condições económicas irão continuar difíceis até ao final do ano. Na nossa perspectiva, encontramo-nos numa posição bastante competitiva para podermos levar a indústria até à fase seguinte de crescimento das comunicações móveis, concluiu Jorma Ollila.

Enquadramento do negócio e previsões

As vendas da Nokia no segundo trimestre diminuíram 6%, comparadas com o período homólogo do ano anterior. As vendas da Nokia Mobile Phones cresceram 1% relativamente ao ano passado, reflectindo um aumento na Europa e na região Ásia-Pacífico, que compensa o menor número de vendas no continente americano. As vendas da Nokia Networks registaram um decréscimo de 22%, com os investimentos em 2G na China e na Europa a revelarem-se inferiores aos previstos, parcialmente contrabalançados por um crescimento continuado nos Estados Unidos.

As expectativas de vendas para o Grupo Nokia no terceiro trimestre de 2002 situam-se entre os 7,2 e os 7,6 mil milhões de euros, comparativamente aos 7,0 mil milhões de euros registados no terceiro trimestre de 2001. Prevê-se que o crescimento do volume total de negócios para o segundo semestre se posicione entre os 3% e os 10%. O crescimento em vendas será impulsionado pelo fornecimento, em grandes quantidades, de determinados modelos de elevado valor acrescentado durante o segundo semestre e das receitas advindas das vendas em redes 3G, partindo do princípio que se cumprem as etapas tecnológicas necessárias para a sua concretização.

As perspectivas de rentabilidade da Nokia mantêm-se fortes, reflectindo as eficiências operacionais da empresa e o controlo dos custos. Espera-se que os resultados pro forma por acção (diluídos) se situem entre os 0,15 e os 0,17 euros no terceiro trimestre. A Administração prevê que os resultados anuais pro forma por acção(diluídos) variem entre os 0,79 e os 0,84 euros.

Estima-se que as margens de exploração pro forma da Nokia Mobile Phones se mantenham nos 20% durante o segundo semestre de 2002, sendo o quarto trimestre mais forte que o terceiro. Prevê-se ainda que as margens de exploração pro forma da Nokia Networks se mantenham aproximadamente nos 10% até ao fim do ano, enquanto que as previsões apontam para que a Nokia Ventures Organization apresente, para 2002, perdas pro forma na ordem dos 150 milhões de euros.

A Nokia prevê que o volume anual de mercado para 2002 se situe nos 400 milhões de unidades vendidas. Espera-se que todas as regiões apresentem um crescimento aproximadamente de 5%, liderado pelo continente americano, seguido da região Ásia-Pacífico e, por fim, a Europa.

O volume de vendas da Nokia Mobile Phones no segundo trimestre de 2002 aumentou 12% em variação homóloga, registando cerca de 36 milhões de unidades, um resultado que ultrapassa claramente o volume geral de mercado, que se prevê ter registado um crescimento de 4%, com 93 milhões de unidades.

O crescimento homólogo anual do volume de mercado apresentou melhores resultados no continente americano, seguido pela Europa, ao passo que a região Ásia-Pacífico apresentou ligeiras descidas, devido em grande parte à lenta substituição das vendas no Japão e na Coreia. O GSM continua a ser de longe o standard celular de maior utilização. Durante o primeiro semestre as redes GSM e CDMA apresentaram um crescimento modesto, ao passo que o TDMA se manteve inalterado e o mercado PDC japonês decresceu.

Com base nos desenvolvimentos do segundo trimestre, a Nokia continua a prever um declínio anual no mercado GSM e das estruturas globais em 2002. Os operadores mais importantes na Europa e na Ásia estão a planear o início dos serviços de mensagens multimédia, durante a segunda metade de 2002.

http://www.nokia.pt