881 — eGovernment em discussão na Inforpor

Nov 8, 2002 | Conteúdos Em Português

A mesa redonda intitulada “As Tecnologias de Informação e Comunicação na relação do Cidadão com a Administração Pública – visões de eGovernment”, realizada dia 24 de Outubro, na Inforpor, FIL, no Parque das Nações, demonstrou a importância da evolução da Administração Pública Electrónica em Portugal, a fim de satisfazer cada vez mais as necessidades do cidadão com qualidade, rapidez e eficiência.

Como oradores, o debate contou com a presença de José Magalhães, deputado do Partido Socialista; Pedro Quintas, director-geral da Altitude Software; José Costa Oliveira, director da Siemens Business Services; Pedro Mourão, director de Marketing da NextiraOne e Francisco Araújo, Oracle Industry Leader – Public Sector. A moderação da conversa esteve a cargo de João Oliveira, jornalista d’ A Capital , que deu voz à assistência, constituída por vários representantes de organismos públicos.

A questão fulcral para todos os participantes é modernizar a Administração Pública , para não se perder mais competitividade e oferecer ao cidadão um serviço rápido, eficaz e de qualidade. “Optimizar o serviço prestado” é a palavra de ordem.

EgovMesaAs principais dificuldades referidas pelos intervenientes têm a ver com questões de mentalidade, uma vez que ainda existe muita resistência à mudança. Para Francisco Araújo da Oracle, “não faz sentido que o cidadão tenha de contactar vários organismos para obter uma informação”. A solução passa por criar um Cidadão Interaction Center, ou seja, uma Loja do Cidadão Virtual , em que o utente recorra a uma entidade central que depois distribua o serviço pelos diversos sectores.

“Portugal encontra-se ainda na primeira fase do eGovernment”, afirma José Costa Oliveira da Siemens. Para este profissional, a simples presença na Internet não chega, “é preciso uma visão global, que aponte caminhos para a evolução”.

Para Pedro Morão, da NextiraOne, o eGovernment é um “problema de processos”, daí a urgência da necessidade de repensar a forma como o Estado se relaciona com o cidadão. O grande desafio é elaborar processos de negócio coerentes, que se adequem às necessidades dos cidadãos. Este responsável defende que “o governo deveria ver o cidadão como motivo da sua existência”.

O tempo que o cidadão perde com a Administração Pública é exagerado e desproporcional. Para Pedro Quintas, da Altitude Software, a interacção é uma “oportunidade que o Estado tem para dinamizar a perspectiva que o cidadão e a empresa têm da Administração Pública ”. Objectivo que só será alcançado com um “maior impacto da web na sociedade portuguesa”.

José Magalhães, deputado do Partido Socialista e um dos primeiros a defender o eGovernment, lembrou que esta questão é hoje consensual entre os diversos quadrantes políticos, “a prova disso é a decisão pela continuidade do actual governo”. José Magalhães fez ainda questão de frisar que “o eGovernment entrou na agenda política e que está em debate nas instituições e na opinião pública”. A Administração Pública Electrónica é, assim, um “ideal de futuro”, que justifica um “esforço comum”.

As intervenções dos oradores presentes neste encontro sobre “As Tecnologias de Informação e Comunicação na relação do Cidadão com a Administração Pública – visões de eGovernment” estarão, em breve, disponíveis no portal.

Por Catarina Tavares
([email protected])

2002-10-25

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