«A circulação de papel nas unidades de saúde não melhora em nada a segurança dos dados clínicos dos utentes». Os especialistas presentes nas Jornadas Interface Saúde, recentemente realizadas, reforçaram a conhecida teoria de que «a solução deverá passar pela aposta nos registos clínicos».
Segundo a Inter.face Saúde, esta conclusão «não é nenhuma novidade. Entre os vários participantes nestas Jornadas, o sentimento era idêntico. Há muitos anos que se fala deste problema, mas na prática, apesar da informatização de várias unidades, o papel continua a circular e a passar por várias mãos, havendo sempre a possibilidade de se aceder a informações confidenciais, como referiu Francisco Parente, médico do Hospitais de Coimbra.
O problema aumenta com a falta de integração que existe entre as diversas aplicações de uma mesma unidade de saúde e com a falta de comunicação entre os hospitais e os centros de saúde, como acontece sempre que um doente é transferido.
A situação é bastante delicada tendo em conta que, de acordo com uma auditoria da Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD), 50 por cento do tratamento dos dados de saúde não é notificado à comissão, como frisou Amadeu Guerra, vogal da comissão. Preocupações que são partilhadas pelo Hospital de Santa Maria e pelo da Figueira da Foz , que apresentaram a sua estratégia para esta área», concluiu a organização do evento.
Fonte: Inter.face Saúde
2005-06-20
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Notícias – Indústria