Carlos Melo, actualmente com 50 anos, assumiu o desafio de lançar a Nortel em Portugal no final da década de 80, na altura sozinho, um pouco na posição de “one-man-show”, assumindo o cargo de administrador delegado.
Aluno do Técnico, licenciou-se em Engenharia Electrotécnica e Telecomunicações, começando a sua vida profissional pelo ensino, na época revolucionária de 1974. O seu objectivo imediato era, no entanto, ingressar na área da engenharia.
A Siemens é a primeira multinacional que o acolhe, onde acompanha o lançamento das primeiras centrais telefónicas digitais para o mercado empresarial, já no princípio da década de 80.
O percurso na Nortel inicia-se em 1989, marcando presença até hoje na empresa que aposta agora no UMTS. Muito novo, ainda sonhou ser bombeiro, polícia ou até mesmo Presidente da República, mas desde cedo sentiu que queria ser engenheiro.
O sonho concretizou-se e, actualmente, casado e com três filhos, Carlos Melo admite que muitas vezes o dia de trabalho não acaba quando volta para casa, tendo que haver algum sacrifício de tempo pessoal. Os dias de trabalho são longos e os fins de semana acabam por ser parcialmente ocupados pelo trabalho que é preciso cumprir. Mas Carlos Melo afirma-se um privilegiado.
Ainda que tenha que pensar em muitos dos problemas de trabalho quando vai para casa, isso não afecta a sua vida pessoal: “julgo que tenho um grau de compreensão muito grande por parte da família e dos amigos relativamente ao meu horário de trabalho”.
Os tempos livres tenta dedicá-los ao golfe, um projecto que nos últimos anos o tem acompanhado, mas que não tem cumprido tanto quanto desejava. Os objectivos pessoais passam agora pela consolidação de toda a actividade e da expansão de negócio que a Nortel teve este ano: “as nossas obrigações com os três contratos de fornecimento de redes UMTS são enormes, tecnicamente difíceis, um desafio muito grande.”
E esse é o maior objectivo de Carlos Melo para o próximo ano.
Em Foco – Pessoa