A FORINO, Associação para a Escola de Novas Tecnologias, apresentou hoje, nas suas instalações no Pólo Tecnológico de Lisboa, o projecto FORTIC. Envolvendo várias parcerias, a iniciativa visa integrar pessoas com necessidades especiais no mercado de trabalho das TIs, principalmente em Call Centers e Teletrabalho.
O primeiro objectivo do FORTIC é «promover a orientação, formação e inserção na área tecnológica de pessoas com deficiências ou incapacidade». O projecto, desenvolvido no âmbito do Programa Comunitário EQUAL (que promove medidas de prevenção e combate ao desemprego, desenvolvimento de recursos humanos e igualdade de oportunidades para os trabalhadores) arrancou em Outubro, com o apoio de vários parceiros nacionais: ANETIE (Associação Nacional de Empresas de Tecnologias de Informação e Electrónica), CERTICARTA, LPDM (Liga Portuguesa de Deficientes Motores), RTF (Rede de Formação Tecnológica) e PT Inovação.
As associações CERCICA e CRINABEL e a Altitude Software, MRH, Oniway (até à recente venda dos activos e capital social), Plurimarketing e Teleman juntaram-se à iniciativa, que tem por objecto atribuir aos formandos «os conhecimentos necessários para uma certificação das suas competências ao nível das TIs».
Como esclarece Teolinda Portela, da FORINO, simultaneamente, pretende-se que os candidatos desenvolvam características sócio-comportamentais e linguísticas que lhes permitam operar em actividades emergentes como os Call Centers e o Teletrabalho.
Para alcançar estes resultados, o projecto inclui também a formação de formadores e facilitadores. O programa prevê a aplicação de uma metodologia mista de ensino presenciado e à distância nos gupos-alvo.
Nesta fase inicial, o projecto piloto dará formação a vinte pessoas com deficiência motora congénita e outras vinte com deficiência motora adquirida. Paralelamente, vinte profissionais de entidades de acolhimento a pessoas com deficiência e vinte que prestam serviço em entidades de apoio e reabilitação nesta área vão receber formação, já a partir de Fevereiro.
O período de formação estende-se até ao Verão, após o que os formandos deverão iniciar um estágio profissional de seis meses, que fará a ponte para a sua inserção no mercado de trabalho.
Todos estes grupos alvo formandos, formadores e facilitadores – recebem certificações em TIC. Uma garantia para vencer aquele que Teolinda Portela considera ser o maior desafio do FORTIC : «assegurar, com objectividade, a igualdade de oportunidades» no acesso e manutenção dos postos de trabalho.
2002-12-06
http://www.fortic.org
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