2657 — Aproveitando «uma janela de oportunidade» Creativity lança-se na gestão de projectos

Dec 17, 2003 | Conteúdos Em Português

CreativityA Creativity lançou-se recentemente no mercado nacional Partners da Creativityde gestão de projectos e planeamento estratégico e de desenvolvimento e implementação de Sistemas de Informação (SI). A empresa lançada por Margarida Pires, com trinta anos de experiência em SI e António Miguel, com carreira nas áreas de planeamento, marketing e gestão, vai abordar, a médio prazo, a área de implementação e consultoria em call centers. Em entrevista ao Centro de Contacto, os management partners da Creativity mostram-se optimistas quanto ao sucesso do novo projecto, num mercado onde se abre «uma janela de oportunidade».

Fundada em Outubro por quatro sócios – Margarida Pires, ex-administradora executiva da PT Contact com larga experiência em SI, António Miguel, consultor e formador com vinte anos de experiência nas áreas de planeamento estratégico, marketing, gestão da qualidade e gestão de projectos e Miguel Almeida e Pedro Miguel, ambos com vários anos de experiência em gestão de projectos, nomeadamente na área de implementação de software em plataformas SAP –, a Creativity dedica-se aos sistemas da Sociedade de Informação, no que concerne a prestação de serviços de consultoria e planeamento estratégico (planos de segurança e de disaser recovery, entre outros), gestão e controlo de projectos, formação, consultoria e implementação de sistemas SAP e consultoria e implementação de call centers. A comercialização de hardware e software não está no horizonte de actuação da empresa, a menos que venha a estar associada a algum projecto.

Dirigindo-se a três segmentos de mercado estratégicos – Grandes Empresas, Banca e Administração Pública -, a Creativity lança-se no mercado não para actuar sobre um projecto já existente mas «para responder às suas solicitações, de um modo geral», numa altura em que a retoma económica do sector parece estar à vista, na opinião dos seus gestores executivos.

No seu arranque, a empresa sediada em Lisboa, na zona de Benfica, tem já disponíveis todos os serviços que se propõem prestar: Na área de consultoria e planeamento de SI os consultores da Creativity desenvolvem competências que vão desde o alinhamento de estratégias empresarial e de SI até à avaliação do risco e criação dum sistema de segurança dos sistemas de informação, passando pela elaboração do Plano Estratégico de SI (PESI); no que toca à gestão de projectos e PMO’s (Project Management Offices), a empresa utiliza uma metodologia em harmonia com as recomendações do PMBOK 2000 do PMI – Project Management Institute que cobre vertentes como a definição do âmbito, recursos, custos, riscos, ciclo de vida ou factores críticos de sucesso de um projecto. Integram-se ainda nesta área o controlo do desenvolvimento e implementação do projecto, a gestão de integração e dos recursos ou a qualidade e auditoria.

Quanto à formação, a oferta cobre as áreas de gestão e liderança de projectos; gestão do risco, da qualidade e da implementação de Project Offices e preparação para PMP – Project Mangement Professionals, entre outras. Os formaores da Creativity são certificados pelo PMI como PMP. Na área de consultoria e implementação de sistemas SAP, a empresa apoia a implementação de projectos nas áreas de sizing, desenho e implementação da arquitectura; SAP R/3; integração/optimização com sistemas SAP e não-SAP; CRM (Customer Relationship Management); Business Warehouse e EBP (Enterprise Buyer Professional ).

Finalmente, na área de consultoria e impementação de call centers, a especialista em gestão de projectos e planeamento estratégico congrega competências para optimizar a relação das empresas com o seus clientes, fazendo do CRM uma filosofia de negócio. Esta vertente inclui a elaboração do caderno de encargos e a escolha da melhor solução de contact center para cada empresa, desde um Web Call Center a um Phone Call Center ou a uma solução de Workflow Management .

Centro de Contacto – Qual é o posicionamento da área de consultoria e implementação de call centers na actividade da Creativity?
Creativity
– Nesta fase de arranque, é uma área mais complementar. Para já, as áreas mais estratégicas são a gestão de projectos, planeamento e desenvolvimento de sistemas SAP .
Quer se queira quer não, só investe em apoio na implementação de um call center quem vai instalar um com alguma dimensão, o que requer algum investimento.

– Em algumas áreas da Administração Pública estão a acontecer alguns casos desses…
– Exactamente, a Administração Pública vai ter aí alguns lançamentos. Mas tratam-se de concursos públicos, com toda a incerteza que isso implica. Junto das empresas, é ainda mais difícil, porque as grandes estruturas já têm call centers, apesar de, muitas vezes, não parecerem verdadeiros call ou contact centers, talvez por existir uma certa inconsciência relativamente às complicações que surgem quando se cria uma estrutura dessas. Estamos a abordar esta área, conscientes de que será aquela onde é menos fácil entrar, já em 2004, mas certos de que haverá um momento em que algumas empresas, que hoje têm centros de atendimento e não dispõem das novidades da tecnologia, vão despertar para a necessidade de aconselhamento.
O cliente, neste momento de retoma, volta a ter uma importância muito grande, porque é ele que faz as empresas levantarem-se. E o atendimento é fulcral para cativar clientes.

– Face à actual conjuntura do mercado das Tecnologias de Informação e Comunicação, qual é a aposta da Creativity?
– Acreditamos que nesta área de gestão de projectos há uma janela de oportunidade que se abre, justamente nesta fase em que o mercado está a melhorar. Dada a longa experiência de todos os partners da Creativity , achamos que que é a altura certa para abordar o mercado.
Há um limite para a contenção na área dos sistemas de informação, sob o risco das empresas se desactualizarem, ficando obsoletas e perdendo competitividade. Há um prazo no fim do qual as empresas nesta área têm de voltar a investir – e temos esperança de que esse prazo esteja esgotado.

– Com que estratégia de implementação no mercado é que a empresa arranca, neste final de 2003?
– A Creativity tem como segmentos de mercado estratégicos as grandes empresas, incluindo obviamente o sector das Telecomunicações, a Banca e a Administração Pública. A estratégia com que arrancamos passa exactamente por abordar estes segmentos com uma oferta de serviços dos quais, sabemos, estão carenciados, tendo por mais-valia a credibilidade que o mercado tem nas pessoas que estão à frente do projecto. As reacções aos contactos que já estabelecemos são muito positivas.
Temos também algo muito importante hoje em dia: a facilidade de fazer networking para reunir as competências necessárias para dar resposta às solicitações do mercado. Muitas vezes a empresa não precisa de ter, ela própria, as competências, precisa é de ter a capacidade de, no momento oportuno, ter a rede de contactos que lhe permita fazer as parcerias estratégicas, de forma a dar resposta às necessidades dos clientes.
Ao cabo de um mês e meio de actividade, e na sequência dos contactos que desenvolvemos, já temos propostas concretas entregues e boas expectativas nalguns clientes.

– Em que áreas?
– Nas áreas da formação, dos SAP’s e de planeamento. Por exemplo, numa dessas propostas pediram-nos que apresentássemos uma equipa de doze pessoas na área SAP , incluindo chefes de equipa; numa semana e meia satisfizemos esse pedido com perfis muito bons, disponibilizando dezoito currículos, para serem escolhidos doze.

– Quanto a objectivos para 2004, quais são as expectativas da Creativity a nível de facturação, atendendo ao investimento inicial feito? Quando esperam ter retorno desse investimento?
Temos um grande objectivo, que é ganhar clientes para o lançamento efectivo da empresa no começo de 2004. A nossa estratégia é continuar a “bater o mercado”, para termos o máximo de clientes e de encomendas.
E também entrarmos como fornecedores de uma grande empresa, uma Telecom, por exemplo. A esse nível, as coisas estão bem encaminhadas.
Mas nesta fase não temos quantificada a actuação área a área para 2004, seria até prematuro.

– Mas certamente têm objectivos estratégicos traçados, para cumprir até ao final de 2004. Mesmo sem falarmos em termos de previsões de resultados financeiros, quais são as apostas?
– As áreas de gestão de projectos, formação, desenvolvimento SAP e planeamento, que se interligam entre si, irão ter desenvolvimentos. A área de call centers já é mais discutível, porque não há tanta procura.
Um projecto desta natureza não nasce para resolver uma situação concreta, mas para abordar uma janela de oportunidade. A Creativity é uma empresa nova, temos de mostrar a nossa oferta. De resto, a empresa assenta numa base de confiança e estamos a capitalizar a credibilidade que temos no mercado. Temos tido situações em que contactamos o cliente e ele fica logo receptível à proposta. Dá a sensação de que certos prestadores de serviços andam desmotivados ou pouco crentes na retoma…

– Quem são os parceiros estratégicos da Creativity?
– Algumas das propostas com que já avançámos envolvem parcerias, mas dado que não estão adjudicadas, neste momento não vamos avançar nomes.

– Em que áreas fizeram essas propostas?
Tanto na de desenvolvimento SAP como nas áreas de formação e business plan, com empresas nas área de TI , consultoria e desenvolvimento de software. Não está no nosso horizonte, a curto prazo, incluir desenvolvimento de hardware. Poderemos fazê-lo, mas só se for necessário integrá-lo em algum projecto.

– Na vossa opinião, como é que se comporta o mercado de consultoria, planeamento e gestão de projectos? – Fazendo os possíveis para sobreviver, numa altura economicamente difícil. O mercado é feito, na maioria das vezes, por consultoras internacionais, um segmento que têm vindo a afunilar-se. Além disso, estas consultoras têm estruturas pesadas e prestam serviços que não são baratos. Isto não significa que não valham o preço que se paga mas, atendendo à recessão, tende-se a cortar nestas áreas cuja necessidade, para a empresa, não é tão receptível.
Agora as empresas começam a sentir as consequências negativas de não terem comprado serviços deste tipo. Por exemplo, os planeamentos estratégicos são dinâmicos, requerem estudos de actualização. A tecnologia é uma área em constante mutação.

A exemplo das grandes empresas, a Creativity tem um código de ética interno, que será seguido por todos os colaboradores e parceiros.

Gabriela Costa
2003-12-17

http://www.creativity.pt

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