3051 — Santana promete “Governo do Século XXI”

Jul 13, 2004 | Conteúdos Em Português

Santana Lopes em entrevista à SIC (11-07-2004)«Estamos na era do e-Government», recordou, no Domingo passado, em entrevista à SIC, Pedro Santana Lopes, para justificar a sua intenção de transferir alguns ministérios para fora de Lisboa. O primeiro-ministro indigitado prometeu um “Governo do Século XXI”, descentralizado e tecnologicamente inovador.

Santana Lopes ainda não confirmou quaisquer nomes ou cargos para o próximo Executivo, desde que o Conselho Nacional do PSD o aprovou como sucessor de Durão Barroso na chefia do Governo, mas já prometeu que vai descentralizar o novo Executivo, reunindo pessoas de todo o País. O objectivo é contrariar a «mania de que só há pessoas a governar em Lisboa», que considera «um defeito de funcionamento do país».

Esta “descentralização” poderá mesmo ser física, com secretarias e gabinetes ministeriais sediados fora de Lisboa. Por exemplo, a sede do Ministério da Economia poderá vir a ser instalada no Porto e a do Ministério da Agricultura em Santarém. Santana admite ainda a transferência da Secretaria de Estado do Turismo para Faro.

A ideia sustenta-se no facto de que a inovação tecnológica de hoje permite que todos os elementos do Executivo estejam permanentemente em contacto. Santana Lopes já anteriormente tinha apontado o exemplo dos países Bálticos para defender a ideia de “e-Government”, avança o Correio da Manhã .

Antecipando uma maior aposta na área da investigação e inovação, o futuro primeiro-ministro prometeu orientar-se para «um tempo novo». Com «continuidade nas políticas, continuidade nos eixos fundamentais de governação – vamos fazer uma segunda parte de uma legislatura – é um Governo do século XXI».

Entre as muitas reacções críticas às primeiras propostas de governação do futuro primeiro-ministro, destaque para a de Pacheco Pereira que, na sua página na Internet, foi peremptório em afirmar: «as únicas coisas que Santana Lopes disse em concreto» (na entrevista que concedeu à SIC, no dia 11 de Julho ), como o número de ministérios (mais um ou dois) e a descentralização da estrutura do Governo, «são claramente ditas sem qualquer pensamento de fundo, estudo, preparação e ponderação».

2004-07-13

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