De visita à Casa do Futuro Interactiva, na Fundação Portuguesa das Comunicações, em Lisboa, Êrnani Lopes destacou recentemente a participação activa do grupo Portugal Telecom (patrocinador da iniciativa) em projectos de responsabilidade social, nomeadamente ao nível da preocupação com os clientes com Necessidades Especiais. Na recente versão da Casa, vocacionada para estes cidadãos, a intervenção da PT pauta-se pela disponibilização de soluções de acessibilidade, que comercializa «sem qualquer margem de lucro», sublinhou o presidente do conselho de administração da PT.
A iniciativa da Casa do Futuro é «um exemplo (…) das utilizações práticas (…) de uma das maiores revoluções que a humanidade está a viver, nesta passagem do último quartel do século XX para o primeiro do século XXI: a afirmação da sociedade do conhecimento».
Foi desta forma que Êrnani Lopes contextualizou a importância do projecto inaugurado em Maio de 2003, e que conheceu, um ano mais tarde, um upgrade tecnológico que o colocou ao serviço dos cidadãos com Necessidades Especiais.
Para a actual versão da Casa do Futuro reforçou-se o contacto com departamentos e empresas existentes no seio das universidades, uma vez que esta «pode e deve ser um laboratório vivo onde os universitários coloquem em serviço real os protótipos que vêm desenvolvendo». Trabalharam neste projecto cerca de 20 empresas de TI , «muitas delas funcionando no seio das universidades», esclareceu.
Assumindo a sua função social, o grupo PT tem vindo a intervir num quadro que abrange portadores de deficiências, pessoas com doenças severas e cidadãos socialmente excluídos, com incidência nos idosos. Como afirma Êrnani Lopes , «esta intervenção traduz-se, a nível tecnológico, no desenvolvimento de produtos e serviços, para facilitar a acessibilidade aos clientes com necessidades especiais, os quais são comercializados sem qualquer margem de lucro».
É neste contexto que surge a «participação activa» da empresa na Casa do Futuro, de cuja nova vocação o responsável da PT destaca a suite da avó , por trazer inovações «que durarão décadas, resolvendo problemas de largos milhões de cidadãos». Recorde-se que este espaço integra várias soluções de comunicação e segurança adaptadas às necessidades dos mais idosos.
Para o presidente do conselho de administração da PT , o apoio às pessoas com necessidades especiais é um tema «cada vez mais actual, com grande impacte social e fortemente dependente das novas tecnologias».
Talvez por isso foram já assinados protocolos com diversas instituições ligadas à área (Secretariado Nacional para a Reabilitação e Integração das Pessoas com Deficiência, Liga Portuguesa de Deficientes Motores, Federação Nacional das CERCIS, Confederação Nacional das Organizações de Deficientes, Associação Portuguesa de Surdos e Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal), que estão a contribuir para o projecto com novas propostas, «num ambiente de diálogo permanente e construtivo (…), a fim de fazer evoluir constantemente a Casa do Futuro ».
A este propósito, Êrnani Lopes deixou o desafio: nada impede que mais protocolos venham a ser feitos com outras instituições. De resto, a maior parte das soluções tecnológicas que equipam a Casa do Futuro já estão disponíveis no mercado e algumas integram o conjunto de equipamentos cuja aquisição é subsidiada pelo Estado.
2004-07-27
Em Foco – Pessoa