3948 — 75% das empresas europeias têm défice de expertise em IP

Jan 31, 2006 | Conteúdos Em Português

NextiraOne«A existência de um défice ao nível das qualificações profissionais no seio da maioria das empresas europeias» é uma das conclusões do estudo pan-europeu sobre competências IP, conduzido pela NextiraOne durante o verão de 2005. «Os números são expressivos»: cerca de 75% das empresas têm falta de especialização em IP. Não obstante, «Portugal tem uma atitude positiva e virada para o futuro em relação à adopção do IP», concluiu-se.

Entre as exigências do negócio, que reclama cada vez mais a implementação de redes convergentes em Internet Protocol (IP), e o know-how dos profissionais que trabalham nessas empresas, existe um fosso que importa reduzir. Os números são expressivos: são cerca de 75% as empresas que sofrem de défice de expertise em IP, conclui a sondagem da NextiraOne sobre Competências IP nas empresas europeias.

No entanto, as referências no estudo para o caso português são bastante positivas. Em Portugal, as empresas estão preparadas para investir mais do que a média europeia em equipamento e serviços IP durante os próximos 12 meses, uma conclusão que é suportada por uma forte aposta na formação interna. Apesar disso, conclui-se que o sector público português está algo atrasado na adopção da tecnologia.

A nível global, para 23% dos inquiridos no estudo da NextiraOne, gerir a Segurança é o maior desafio da implementação e manutenção de uma infra-estrutura IP. Este aspecto é corroborado pelo facto desta ser uma das áreas que as empresas europeias reportam como possuindo habilitação mais fraca. Apenas uma em cada dez organizações (9,3 por cento) apresenta a Segurança como a sua principal área de competência profissional.

Depois da Segurança, surge a Avaliação e Gestão da qualidade de serviço em aplicações críticas para o negócio (18 por cento), sendo que a opção de Desenho e Engenharia da infra-estrutura de rede (13 por cento) completa os três maiores desafios para os participantes no estudo que pretendem implementar redes IP.

As diferenças também se reflectem noutras áreas, com os inquiridos a afirmar que a implementação de aplicações é uma fraqueza crítica. Apenas 8,4% das empresas a referem como a sua principal área de competência profissional.

Em contraste, a maioria das organizações que responderam ao estudo sobre Competências IP afirmam que o expertise interno está na área da infra-estrutura de rede local (19 por cento), comunicações de dados (16 por cento) e infra-estrutura informática (18 por cento).

“A presença do IP nas redes empresariais modernas é algo de banalizado, sendo o desafio seguinte o de saber como as organizações vão gerir a falta de competências em aplicações IP emergentes”, afirmou Neil Moss, director de Marketing da NextiraOne Europa. “A telefonia IP evoluiu bastante 2005. Já não é apenas uma questão de manter os custos baixos, mas também de saber como as organizações, especialmente as multinacionais, podem obter retorno do investimento em aplicações de uma forma segura. A integração e a avaliação da qualidade de serviço vão continuar a ser prioridades de topo em 2006”- adianta.

Por seu lado, o analista de mercado Yankee Group comunicou recentemente que 95% das multinacionais já estão a planear a convergência das suas redes em IP, e a principal prioridade para 51% é aproveitar ao máximo as potencialidades das aplicações IP. Esta opção está acima da redução de custos como principal motivo para a migração para IP.

O estudo da NextiraOne revela ainda que as empresas europeias estão a reduzir o seu défice de competências IP através do recurso a prestadores de serviços e do recrutamento interno de pessoas altamente especializadas. Três em cada cinco gestores afirmam que muito provavelmente vão pedir a um integrador de sistemas para gerir a implementação ou upgrade de uma rede IP e respectivas aplicações. O investimento na formação interna está a ser efectivado tendo em vista a integração e suporte de novas aplicações, incluindo aplicações móveis, gestão da segurança e desenho e engenharia da infra-estrutura de rede.

“A sondagem da NextiraOne evidenciou claramente uma fraqueza nas competências IP nas empresas europeias. Os integradores de sistemas são actualmente as melhores fontes de formação e competências IP”, continuou Neil Moss. “As empresas que investem em tecnologia IP conseguem obter melhorias de eficiência e produtividade, pelo que as organizações dos sectores público e privado devem olhar muito atentamente para a telefonia IP”.

Panorama português
Portugal, tal como Espanha, tem uma atitude positiva e virada para o futuro em relação à adopção do IP. De facto, o investimento que as empresas portuguesas pretendem efectuar em serviços e tecnologias IP durante os próximos 12 meses ultrapassa o da Áustria, França, Itália e Suíça, com a Cisco a assumir-se como o fornecedor líder no mercado português.

As empresas portuguesas têm-se mostrado mais dispostas a oferecer formação interna em IP, com apenas uma em cada dez empresas (9 por cento) a não oferecer qualquer nível de formação IP, bem abaixo da média europeia de 28 por cento. O sistema de educação português produz também profissionais com um bom nível de conhecimentos IP, de acordo com os gestores, com mais de 55% a afirmarem que os licenciados terminam a universidade com habilitações adequadas em IP.

No entanto, o IP ainda está por penetrar no sector público ao mesmo nível que em Espanha. Por outro lado, as empresas em Portugal deverão tendencialmente recorrer ao outsourcing a um provedor de serviços, sendo a gestão da Segurança a sua maior preocupação (71%).

Redes IP em crescimento
A NextiraOne conheceu uma forte procura nas redes IP, em correlação com o objectivo das empresas reduzirem o investimento directo nos operadores de telecomunicações e instalarem aplicações que ofereçam vantagens comerciais e operacionais.

A telefonia IP é a mais popular utilização de redes IP na Europa, com mais de 25 por cento dos inquiridos a seleccionarem esta opção como a sua principal implementação IP. Serviços Web (18 por cento), comunicações unificadas (14 por cento) e integração de telefonia e informática ( CTI ) são também aplicações populares.

“O crescimento acelerado do IP na Europa vem sublinhar a importância do Internet Protocol para o negócio das empresas, principalmente das multinacionais”, conclui Neil Moss.

Estudo da NextiraOne sobre Capacidade IP
Para a realização deste estudo, a NextiraOne consultou 300 responsáveis de tecnologias de informação e comunicação com funções em empresas de sete países na Europa (Áustria, Espanha, França, Itália, Portugal e Reino Unido), durante o Verão de 2005.

Fonte: NextiraOne

2006-01-31

http://www.nextiraone.pt

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