Presente em Portugal desde 1985, a Nortel Networks atravessou uma fase difícil, mas continua a ganhar terreno no mercado português, apostando no UMTS.
A Nortel Networks começa as suas actividades em Portugal no ano de 1985, ainda sem presença directa em Portugal. Na altura, o processo esteve relacionado com o arranque de uma rede de dados da Telepac, feita sobre uma rede da Nortel.
Em 1987 celebra-se um contrato de distribuição com a Compta para o mercado de voz empresarial. Três anos depois, a Nortel estabelece-se directamente em Portugal, marcando presença no nosso país já lá vai uma década.
Segundo Carlos Melo, administrador delegado da empresa em Portugal, esta actividade de cerca de 10 anos tem essencialmente duas vertentes: uma que teve sempre a ver com o mercado empresarial, nomeadamente nas soluções de voz e, no fim da década de 90, com as necessidades de dados; e outra relacionada com o mercado de operadores, com todas as soluções de infra-estruturas de rede que eles precisam.
Com a liberalização do mercado das telecomunicações, novas oportunidades surgiram e a Nortel assume uma posição significativa em alguns dos novos operadores, nomeadamente a Jazztel e a Cabovisão, assumindo nestes dois uma importância decisiva na implementação das estruturas que tiveram de ser criadas. Mas, como em qualquer mercado saudável, a concorrência é uma constante e a Nortel reconhece que existem outros fabricantes de telecomunicações com áreas de influência e de presença marcantes.
Carlos Melo reconhece como grandes fornecedores a Alcatel, a Siemens, a Ericsson, a Nokia e a NEC. O objectivo da Nortel é fazer a diferença.
Num ano complicado para toda a indústria, como foi 2001, a Nortel passou também por um redimensionamento e novo posicionamento da empresa a nível global. No caso concreto de Portugal, as decisões do UMTS permitiram-lhe gozar de alguma saúde, facto que não se verificou no resto do mundo de uma forma geral.
Actualmente, a Nortel em Portugal tem cerca de 200 pessoas a trabalhar directamente para a empresa. No que se refere aos centros de contacto, Carlos Melo afirma que a Nortel foi pioneira na última década, em particular a partir de 95, na evolução do conceito e na implementação de call centers: os primeiros grandes call centers em Portugal foram Nortel, como foram os casos da Telecel, que arrancou com 500 operadores e da ONI, onde arrancámos também com cerca de 500.
Mais recentemente, o grande salto da Nortel prendeu-se com a entrada nos novos serviços de UMTS, tendo sido seleccionada por três dos quatro operadores de terceira geração (Vodafone, Optimus e Oniway) para o fornecimento de partes substanciais das respectivas redes, ganhando assim uma posição importante como fornecedor de telecomunicações no nosso país. Um grande desafio, para uma empresa que promete cumprir sempre os seus objectivos.
Por Laura Ramos
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http://www.nortelnetworks.com
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