631 — UMTS: viável em 2003, apetecível em 2005

Sep 26, 2002 | Conteúdos Em Português

A Telefónica Móviles garante que é necessário optimizar os timings do UMTS. A Sonae.com prevê que a 3G só vai ser viável em 2003 e comercialmente apetecível em 2005. A tecnologia padece de excesso de licenças e custos.

O UMTS é um impasse: excesso de licenças e custo, atraso da tecnologia, retracção do mercado de capitais e elevados investimentos. Esta é a posição do presidente da comissão executiva da Sonae.com, Paulo Azevedo, prevendo que a 3G não vai ser viável antes de 2003 e só será comercialmente apetecível em 2005. Quanto à rede física, Azevedo garante: “o modelo escolhido para a introdução da concorrência é muito difícil se fôr mantido o monopólio”. O modelo português é “inviável”, acrescentou, uma vez que há copropriedade das redes, enquanto que, na Europa, existe concorrência. A solução? “Cabe ao governo e às entidades reguladoras avançar”, garante Azevedo.

A queda no sector das Telecomunicações deve-se a diversos factores, garante o presidente executivo da Portugal Telecom (PT), Horta e Costa. A degradação drástica das perspectivas dos negócios “tradicionais” e o sobre-investimento na expectativa de um boom criaram um endividamento sem precedentes. Como resposta, os mercados de capitais penalizaram os operadores, que lançaram programas de desinvestimento. O resultado, a nível do sector, traduziu-se numa redução dos investimentos operacionais.

O presidente executivo da Telefónica Móviles, Viana-Baptista, apresentou uma perspectiva mais positiva, garantindo que o sector das telecomunicações “é um negócio com potencial de crescimento”. Viana-Baptista acredita que “existe um excesso de operadores na Europa”, sendo difícil um retorno adequado sobre os seus activos. No entanto, o crescimento é possível investindo com mais prudência, optimizando os timings no UMTS, reestruturando quando corre mal, racionalizando os custos e reduzindo a dívida.

A Sonera pretende “crescer e operar em mercados internacionais seleccionados”, garante Aimo Elohoma, presidente da empresa. A Sonera vê oportunidades de crescimento na Europa, Rússia e Eurásia.

Relatórios – Telecom