677 — Telecomunicações e Media unidas como negócio

Oct 2, 2002 | Conteúdos Em Português

As empresas de Telecomunicações e as de Media podem aliar-se. A parceria é um dos cenários alternativos na área de negócio da Internet, devendo dirigir-se à interactividade entre consumidores.

“As empresas Media estão tão mal como as de Telecomunicações”, garante Jaap Favier, Research Director of Consumer Markets da Forrester Research Europe. Favier garante que o conteúdo sente mais o efeito da concorrência que as Telecomunicações. Os Media perdem mais dinheiro, pelo que mudar para essa área de negócio não é a solução. O ideal é aliar as duas áreas, fazendo conteúdos e Telecomunicações de encontro ao lado social do consumidor.

A Telia-Communications acredita na mesma solução. Indra Asander, Managing Director of Internet Services, defende a redefinição de estratégias tendo em vista a interactividade entre consumidores.

O European Product & Content Director do Monster.com, Peter Croasdale, garante que “é possível ter lucro na Internet”. Para tal, é necessário, diz Croasdale, ter a noção que o sucesso do e-commerce não depende só das transações on-line, é primordial mediar e apoiar relações entre os utilizadores e, sobretudo, não tentar avançar mais rápido que a aceitação do mercado.

O Administrador Delegado da Media Capital Multimedia, Pedro Morais Leitão, vê a Internet como uma nova janela para o mundo. A Web tem utilizadores com maior qualidade, do ponto de vista publicitário, que os outros Media – 35% de utilizadores classe A/B. Por outro lado, a Internet abriu a porta à indústria Media para o mundo das Telecomunicações. Outra novidade foi o facto da informação ser medida e rentabilizada através do pagamento de exclusivos no dial-up. A Net permite, também, partilhar lucros entre empresas, por exemplo através da secção de classificados.

A TerraLycos delineou como estratégia empresarial “providenciar as melhores soluções para o que os seus clientes procuram”, garante o Chairman Executivo da empresa, Joaquim Agut. O executivo acredita que os utilizadores querem experiência interactiva, vão aos sites com um objectivo – quer seja procurar ou só surfar – e querem comunicar – uns com os outros, com publicitários, fornecedores de conteúdos, etc. As empresas buscam um só objectivo – lucro crescente!

Por: Sandra Pestana

Relatórios – Telecom
Em Foco – Opinião